Logo após assumir a presidência da nova República, Deodoro da Fonseca abriu mão de seu cargo, assumindo então, o vice-presidente Floriano Peixoto. Em 1892, o Sarg. Silvino de Macedo, desejava a deposição de Floriano, no entanto esta tentativa acabou na morte do Sargento Silvino. Ainda em 1892, a pressão sob Floriano continua, e no dia 6 de abril, ele recebe um manifesto assinado por 13 oficiais do Exército e da Marinha, pedindo ainda, novas eleições.
Ao receber o manifesto, Floriano Peixoto deu ordens de demitir e reformar os generais, dos quais, dois se arrependeram e voltaram atrás em sua palavra, enquanto que, os outros se organizaram e saíram às ruas para protestar. Em seqüência disso, os revoltosos foram presos e levados para colônias militares na Amazônia. Esses fatos motivaram Custódio José de Melo, o ministro da Marinha, a voltar-se contra o regime de Floriano, a fim de depor o presidente e trazer novamente a monarquia, assim, em 28 de abril de 1983, Custódio pede demissão de seu cargo para dar inicio a conspiração.
Em 6 de setembro de 1983, às 23 horas, Custódio José de Melo iniciava a Revolta da Armada. Tendo apoio de marinheiros e outros oficiais da Armada, a Esquadra Rebelde estava bem equipada, dispondo dos couraçados e cruzadores todos instalados frente a Niterói, então capital do país. Enquanto isso, o Exército de Floriano, instalava-se no litoral e morros cariocas, munidos de canhões e grande artilharia. Para reforçar o lado da Armada, em 9 de dezembro de 1823, Luís Felipe Saldanha da Gama, comandante da Escola Naval, adere ao movimento e logo em seguida, sob comando de Saldanha os revoltosos fazem aliança com os federalistas do sul, assim segue-se a batalha, com ataques da Armada contra Niterói, e do Exército contra a Armada.
Até aí, Floriano Peixoto só acompanhava os combates, no entanto, via ele que a derrota seria óbvia, e para tentar mudar o andamento da revolta, tem a idéia de combater os revoltosos também pelo mar, assim, o Exército de Floriano ganha uma esquadra composta por navios estrangeiros antigos e reformados, todos comandados pelo almirante aposentado Jerônimo Gonçalves. Em 7 de fevereiro de 1984, a Esquadra de Papelão parti para o Rio de Janeiro, composta por cruzadores e torpedeiros.
Ao saber dessa nova esquadra, Saldanha e seus marinheiros pedem asilo a um navio português para formar nova estratégia. Convencidos que não poderão vencer o exército, os revoltosos abandonaram sua causa. Enquanto isso, a Esquadra de Papelão, começa seu ataque, Saldanha é morto mais tarde e Custódio preso. A Revolta da Armanda está terminada e a República continua.
TEXTO DE CAROLINE MARTINS